03/09/2012

Primeiro dia de música no Festival Mareeco




Cerca de 2000 pessoas passaram pelo Parque Municipal do Mocambo neste sábado (01/09), durante o Festival Marreco. Além da programação musical, o Parque recebeu stands sócioambientais, de saúde, de tatuagem, brechó, feira de produtos independentes e campeonato de skate, transformando o espaço em um grande complexo cultural para toda a família.

Com um clima agradável, coberto de sombra e todos a vontade, a banda Deep Up, de Patos de Minas, inicia a programação musical da tarde, com sua pegada doce mas intrigante. Em seguida, a banda Fôlego mostra um pouco do harcore patense. Vindos de Barbacena, conhecida como a cidade dos loucos, Os Fernandes mostraram que são grandes conhecedores do imaginário popular e muita sanidade. Ana-Hu, de Patos de Minas, continua a dar o tom da trilha sonora da tarde. Vindos de Belo Horizonte através do Edital de Intercâmbio do Música Minas, The Hells Kitchen Project e Mustache e os Apaches fizeram dois dos maiores shows da noite. Para finaliza o primeiro dia no Parque, o Black Drawing Chalks também subiu ao palco e apresentou algumas músicas inéditas!

Enquanto as bandas ocupam o palco, ao lado dele a loja Sombra em parceria com a EVS realiza o primeiro Marreco Radical SK8, um campeonato entre os skatistas da região! Cássio Denner, dono da loja, trabalha desde 2001 no ramo e já fez mais de 40 eventos com o intuito de trazer esporte para a juventude, ajudando a tirá-los das ruas e auxiliando-os a ocuparem seu tempo com atividades em grupo e de formação. “Quero oferecer cultura, esporte e diversão”, diz. O Primeiro Marreco Radical SK8 foi dividido em três categorias: mirim, iniciante e amador. Além das medalhas recebidas, o vencedor de cada categoria ganhou um tênis, e o segundo colocado ficou com uma camiseta e um acessório para o skate, já o terceiro colocado de cada categoria, o prêmio foi um boné. Na categoria Mirim, Júlio foi o vencedor e o segundo e terceiro lugar ficou com João Victor e Gabriel, com apenas 1 ponto de diferença! Os Iniciantes premiados em 1º, 2º e 3º foram, respectivamente, Douglas, Cassinho e Boquinha. Já entre os amadores, Daniel Bobo foi o primeiro colocado, seguido por Lucas e Kamicase, também com uma pequena diferença de pontos.

Abandonado há anos, o Parque Municipal do Mocambo, em Patos de Minas, voltou a ser movimentado após a segunda edição do Festival Marreco. Depois da ocupação do espaço, realizada pelo Coletivo Peleja, a prefeitura da cidade passou a realizar mensalmente o Domingo no Parque, um evento que une diversas linguagens artísticas, dá espaço para os grupos da cidade apresentarem seus trabalhos e ainda movimenta o comércio local com feiras de artesanato, gastronomia e produtos culturais. O que era antes um grande descaso com a população, um espaço de acúmulo de lixo e um patrimônio público inativado, há 4 anos voltou a ter vida, movimentação cultural e popular. Pelo 4º ano consecutivo, o Festl Marreco acontece no espaço, localizado próximo ao centro da cidade.

Rock Mania

 



Como continuidade do Festival Marreco, que rolou na tarde de sábado no Parque Mocambo, a Festa Rock Mania, acontecida no “Moendas Bar”, além de atrair um público diferenciado, contou com atrações de bandas pra lá de inusitadas. Som legal, galera bonita, e muita animação, fizeram da festa um espetáculo incrível.
  
As bandas Muñoz, The Jack AC/DC Cover,e  Hammertrash, trabalharam pesado no som, e obtiveram sucesso total, deixando todos mais a vontade e completamente satisfeito. Unindo o útil ao agradável, o ideal de exposição musical/cultural, integrou-se a uma proposta de colaboração social, pois somente efetivou-se a venda dos convites após a entrega de 1 kg de alimento não perecível, destinada a doações posteriores.

Consequência de todo esse movimento, a festa contou com 6 horas de duração. Iniciada as 22:00h, as 4:00h o local ainda se encontrava cheio e animado. Mas, como tudo que é bom dura pouco, a Rock Mania chegou ao seu fim, deixando muita gente com aquele gostinho de quero mais. Restou aproveitar o ultimo dia do Festival Marreco, e curtir o domingão com mais uma dose de cultura.

01/09/2012

A cidade que queremos

 
A Universidade Fora do Eixo e o Coletivo Peleja promoveram ontem o debate "A cidade que queremos!". Todos os candidatos a cargos políticos de Patos de Minas foram convidados a participar. Amarildo (PMDB), Pedro Lucas (PSD), candidatos a prefeito da cidade, apareceram no evento. Beia Savassi (DEM) mandou Mara Porto- diretora cultural, como representante.

O diálogo iniciou com a fala de Tássio Lopes, que esplainou sobre o surgimento dos pontos de cultura, sobre o ministério de Gilberto Gil, a movimentação de formação das redes, a ruptura dos projetos no ministério de Ana de Holanda e a força que os movimentos culturais adquiriram e representaram na Rio +20. Depois seguiu entorno de alguns pontos levantados pelos mediadores em conjunto com cidadãos. Vane Pimentel ( que trabalha há mais de 20 anos na cena cultural local), Tássio Lopes (Pcult e FdE) e PDR Valentim (Família de Rua - BH) foram convidados para orientar as falas e trocar experiências.

Os primeiros pontos pautados ontem foram:
Mapeamento Cultural (tem 29 anos que querem fazer)
Conselho municipal de cultura (existente mais não é funcional)
Fundo municipal de cultual
Fórum Municipal de Cultura Patense
Espaço Cultural em escolas públicas
Conferencia municipal de cultura
Cooperativa de cultura (o conservatório tem dificuldades na compra de instrumentos)
Conservatório de teatro
Indicação de um secretário de cultura que entenda sobre a área.

O candidato à prefeito, Pedro Lucas disse que não adianta termos leis que ficam só no papel, "tem que regulamentar via decreto a lei municipal de fundo de cultura, criar de um calendário de eventos da cidade e diretor do Conservatório Municipal deve ser eleito. Completou ainda: "Acreditamos que a cultura da nossa cidade não pode ficar pautada somente final de ano, Fenamilho e carnaval." Amarildo também colocou alguns pontos sobre o seu governo em relação a esse tema: "Para se construir uma casa tem que ter uma base, e o primeiro item é o meio cultural. O poder publico é muito omisso nessa parte. O dinheiro para a cultura no Brasil é o ultimo a ser repassado e o primeiro a ser cortado. Outro aspecto é o Conselho Municipal, e que o secretário tem que ser técnico sobre o assunto sim.

No final da discussão, todos que estavam ali chegaram a 7 pontos prioritários para serem cobrados. Vane Pimentel e Mara Porto ficaram responsáveis em fazer esse documento para enviar aos candidatos. Os problemas levantados foram:

1. Mapeamento cultural de patos e publicação do mapeamento.

2. Fundo municipal de cultura, fundo e lei que fazem parte da lei de sistema de plano de cultura)

3. O Fórun Cultural Patense (que cada prefeito tenha q frequentar uma reunião de cultura)

4. Espaços esporádicos para a cultura (anexos)

5. Calendário cultural e melhora da divulgação dos eventos culturais

6. Preservação do patrimonio material imaterial e ambiental da cidade

7. Produtos para conservatório, revitalizar os espaço públicos, grafite pela cidade.

Agora é cobrar de todos o que foi discutido e continuar esse debate sobre a política cultural de Patos de Minas.

31/08/2012

Você é o que você come!



O uso de defensivos agrícolas consiste hoje no principal método de luta contra as doenças e pragas que atacam as lavouras e trazem problemas para o agricultor. O Brasil lidera o mercado de agrotóxicos do mundo. Um levantamento encomendado pela Associação Nacional de Defesa de Vegetal (Andef), que representa os fabricantes desses produtos, mostra que essa indústria movimentou no ano passado US$ 7,1 bilhões, ante US$ 6,6 bilhões do segundo colocado, os Estados Unidos.

Mas o crescimento dessa prática trouxe a tona uma outra discussão: os danos que esses defensivos podem causar ao homem e ao meio. Ambientalistas, engenheiros ambientais, biólogos e técnicos agrícolas se reuniram, hoje, para debaterem sobre esse consumo de agrotóxicos dentro do Festival Marreco. O cine debate exibiu o filme O Veneno está na mesa, direção de Silvio Tendler . O documentário aborda como a chamada Revolução Verde do pós-guerra acabou com a herança da agricultura tradicional. No lugar, implantou um modelo que ameaça a fertilidade do solo, os mananciais de água e a biodiversidade, contaminando pessoas e o ar. Apesar do quadro negativo, o filme aponta pequenas iniciativas em defesa de um outro modelo de produção agrícola, como o caso de Adonai, um jovem agricultor que individualmente faz questão de plantar o milho sem veneno, enfrentando inclusive programas de financiamento do governo que tem como condição o uso desses agrotóxicos. No Brasil, há incentivo fiscal para quem utiliza agrotóxicos, gerando uma contradição entre a saúde da população e a economia do país, com privilégio da segunda.

Rodrigo Paixão, Sergio Pacheco e Carlos Alberto do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Luiza de Araujo da Adicer e do Conselho Integrado do Meio Ambiente (CIMA) foram convidados para guiarem o debate. Aspectos como devolução de embalagens, fiscalização em relação às vendas e modo de aplicação dos produtos foram pautados. O IMA e a ADICER defendem a tese de que sem agrotóxicos não há produção suficiente para alimentar o mundo. Como afrima Rodrigo Paixão, “ a gente não vai voltar os paradigmas. Nós não voltamos,isso é alienação. Não tem como produzir orgânicos para 7 bilhões de pessoas. Brasil é o pais do agrotóxicos.” E explicam que a visão quanto ao uso desses produtos é um pouco distorcida. Luiza de Araujo explica que “Não se usa mais agrotóxico, hoje em dia é defensivo agrícola. Por que se for usado corretamente não é veneno. Ele serve como um remédio paras as plantas assim como usamos os remédios.”

As pessoas que acompanharam o debate rebateram algumas narrativas levantdas. Ciro Nunes, representante do Coletivo Peleja, acredita que a questão de defender essa prática usando como desculpa o consumo humano é um argumento fraco, pois seria viável investir mais em pesquisas na área de alimentos orgânicos. Mas as empresas que fornecem os defensivos, obviamente, financiariam as pesquisas favoráveis a elas. Outro aspecto relevante que foi abordado no cine debate foi o consumismo desenfreado, causado pelo sistema capitalista e atual forma de vida. A sociedade se perdeu nesse modo de vida, o interesse econômico passa por cima das necessidades de sobrevivência. Além disso, as politicas públicas no Brasil não cooperam para regulamentar o uso desses defensivos nem para educar agricultores em relação à essa prática.

Mas nem tudo tem o lado negativo, de acordo com dados levantados pelo IMA e pela Adicer de Minas, Patos de Minas recebe mais de 140 mil toneladas de devolução de embalagens por ano, se destacando no estado. Além disso, 95% dessas embalagens são recicladas. Sérgio Pacheco informa que “Minas é o estado mais atuante nessa fiscalização, e o IMA trabalha com projetos preventivos e educativos.”

Agora fica a pergunta no ar “qual seria o primeiro passo para começar a mudar essa realidade?

30/08/2012

Um debate sobre midialivrismo



A oficina de midialivrismo que aconteceu no Teatro Leão de Formosa, se baseou em um debate e discussão sobre os meios de comunicação que não se prendem a instituições nem são vinculados a nenhuma ideologia política: transmitem apenas o fato, o real, diferentemente de outros tipos de informação que nos é chegado e que, na maioria das vezes, são distorcidos.

Além disso, uma das preocupações da mídia livre é transmitir em tempo real ou o mais rápido possível o que está acontecendo, para que todos tenham acesso à informação quase que instantaneamente.

Luiza e Ana, que ministraram a discussão, explicaram com bastante eficiência como é realizado o processo de cobertura de eventos, de sincronização da divulgação e de métodos utilizados, se embasando nas particularidades de cada rede social, como o trending topics do twitter, métodos de compartilhamento no facebook, dentre outros.

A preocupação com a veracidade pode causar desconforto em certas pessoas, pois nem todas querem que a informação real seja divulgada, por isso, o produto da mídia livre, muitas vezes é censurado pelas redes sociais e redes convencionais. Mas tal censura só serve para intensificar a divulgação e a preocupação de transmitir o fato tal como ele é. Além do mais, faz com que o público se interesse mais sobre aquilo que está sendo encoberto.

Uma das propostas da oficina é oferecer a possibilidade de cobertura colaborativa do Festival Marreco para os participantes interessados, o que proporciona maior aprendizado e interação entre público/organização do Festival. “Juntos somos um”, todos fazemos parte disso.

Oficina de midialivrismo



Com o intuito de formar agentes de comunicação livre e multiplicar o pensamento de trabalho colaborativo e interdisciplinar nas áreas de comunicação, integrantes do Centro Multimídia Fora do Eixo: Ana Carolina Moraes e Luiza Guedes vão ministrar oficina focada em planejamento e execução de cobertura de eventos seja em texto, vídeo, foto e novas mídias, principalmente voltado para internet.

A oficina busca passar conhecimento com uma linguagem simplificada e ferramentas acessíveis, além de discutir os conceitos envolvidos na forma de trabalho do Centro Multimídia FdE, como o Cidadão Multimídia e Repórter Multimídia. Os oficineiros ainda têm a oportunidade de vivenciar e utilizar todos esses conceitos e ferramentas na prática, produzindo a cobertura colaborativa do festival.

Centro Multimídia FdE

Pensando nesse novo formato de comunicação através de redes online, a oficina de midialivrismo vem discutir projetos que o Circuito Fora do Eixo tem desenvolvido há 5 anos em seu Centro Multimídia. Os estudos permeiam as relações comunicativas que, passam do conceito descendente para o trabalho horizontal. Por exemplo: Como ter eficiência em comunicar a meio tecnológicos que viabilizam a produção própria de matérias, escolha dos próprios conteúdos e grande concentração de informações em pouco tempo? Como trabalhar e analisar onde o midialivrismo pode alcançar?

O Centro Multimídia Fora do Eixo (CMFdE) reúne agentes da cadeia de produção cultural independente, conectando-se em trabalhos colaborativos de abrangência nacional com um objetivo específico principal: gerar novos agentes midialivristas, além do objetivo macro, que e comunicar ações do Circuito Fora do Eixo para o resto Brasil e mundo. A intenção é promover a formação de opinião por parte dos agentes da cultura independente e manter o estímulo ao debate em consonância com a prática da produção multilinguagem. Alguns Entre os temas norteadores do Eixo estão: Redes sociais, Mídias livres e Produção de conteúdo.

Cobertura Colaborativa:

Com o próposito de estender a discussão sobre midialivrismo para à pratica, a oficina sai da sala e vai até à programação de cada evento. As pessoas que participam da oficina fazem a cobertura de todo o evento. Assim, cada ação do festival é acompanhada da forma em que os participantes se interessarem em produzir vídeos, fotos, textos, podcasts e outros materiais multimídiáticos.
Durante os shows, a equipe local - neste caso os coletivos - montam um centro multimídia ao lado da mesa de som. Uma central equipada com internet e equipamentos para a cobertura quase que simultânea dos conteúdos nos blogs e redes sociais.

Hoje

Oficina de Midialivrismo – Teatro Municipal – 16h – Fora do Eixo
Cine Debate: Você é o que você come! - O Veneno esta na mesa. UNIPAM - Auditório da biblioteca 19h

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Desmascarando as drogas


Assim como todos osfestivais do CMFI, o Marreco agrega ações que vão além demanifestações artísticas. O evento trabalha com os aspectos culturais dacidade. Culturais no sentido Tayloriano da palavra! Como? Promovendo atividades que faz os cidadãos refletirem conceitos sociais, políticos, ambientais etodo o complexo que envolve a transmissão de conhecimento entre o 'ser' e o 'seu meio'.

Ontem, Lucas André de Paula e Bruno Fontouraabriram o festival com um tema polêmico: Drogas. O debate, previsto para durar1 hora e meia, alcançou mais de duas horas de discussão. A sala lotada de pessoasinteressadas e participativas quanto ao assunto fez com que a conversa tomassevários rumos interessantes, que foram além das questões de saúde pública, legalizaçãodas drogas e tráfico.

Lucas de Paula explica que a droga em si não é umproblema social, e sim a relação do indivíduo com a droga. “A realproblemática está na forma em que a droga é abordada pelas políticas públicas. Sehá uma politica de repressão haverá o afastamento do usuário das portas dasaúde pública diminuindo assim apossibilidade de tratar uma possível dependência.Por isso a importância de sediscutir esse tema sem tabus” completa.

Além das discussões políticas, sociais e biológicas,Bruno Fontoura arrematou o debate esplainando questões culturais, históricas emorais. Ele explicou sobre a mudança de consciência, a alterção de foco que asdrogas sofreram nos últimos anos.

O festival continua durante a semana com váriasatividades. Hoje acontece as 16h a Oficina de Midialivrismo e as 19h o CineDebate com o filme “O Veneno está na mesa” com o tema “Você é o que você come”para discutir.

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